Quando você vai para um hospital é por três motivos: ou você está doente, ou você leva um doente, ou você vai visitar um doente! O que você não que é sair de lá doente!
A doença está ligada ao edifício hospitalar ainda que a ideia seja uma “Casa de Saúde”. A imagem acima mostra uma sala cirúrgica em um hospital desse brasilzão, com duas mesas de cirurgia (não, o hospital não realiza transplantes). A foto mais parece aqueles jogos de “encontre os erros”, que no caso poderíamos inverter para “encontre os acertos”.
E por incrível que pareça, os edifícios hospitalares podem ter associada a doença à sua própria estrutura se não forem continuamente reprogramados.
Como faz o médico no acompanhamento do seu paciente. Tal como o ser humano, o edifício hospitalar é exigido continuamente. Um hospital nunca dorme e os seus sistemas construtivos e instalações devem estar sempre preparados para a resposta necessária de forma assertiva e eficiente.
Os médicos e enfermeiros estão vocacionados para o diagnóstico e o tratamento. Os administradores, nesta época de poucos recursos, concentram seus esforços em reduzir custos e otimizar receitas e é nesta fase que a engenharia aparece como a ferramenta de apoio.
Engenheiros preparados podem detectar falhas e propor medidas corretivas desonerando o financeiro e trazendo, inclusive, aumento de receita.
Boas instalações são difíceis de executar e dificilmente uma única pessoa dispõe de todo o conhecimento necessário para operar sistemas complexos de energia, redes de gases e fluxos de suprimentos e pessoal que circulam por todas as unidades do edifício hospitalar.
O porte do estabelecimento muitas vezes não justifica a contratação “full time” de um corpo de engenheiros. Já projetos de hospitais de grande porte exigem profissionais de Engenharia Hospitalar, Engenharia Clínica, Engenharia Biomédica, Arquitetura Hospitalar, etc.
O administrador pode optar por empresas que podem assessorá-lo a obter a solução conveniente para a necessidade do momento, seja a aquisição de um equipamento até a construção de uma nova ala. Estes profissionais podem coordenar todos os fornecedores e projetistas envolvidos ou mesmo readequar projetos de modo a torná-los mais eficientes e com melhor aproveitamento.
A administração deve estar atenta, pois a “doença” do hospital pode estar na precariedade da sua estrutura. As chances de contaminação tendo como origem projetos hospitalares equivocados são muito grandes e estão espalhados por todos os lugares. Devemos ficar atentos para a melhoria desses projetos e construções.